segunda-feira, 26 de abril de 2010

Traveller's House - The best

Fiquei hospedado no melhor albergue do mundo e não sabia. Entenda o porquê.

E os três melhores albergues do mundo em 2008 foram portugueses.

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E continuam imbatíveis. Em 2009, a Traveller's House ganhou o bi e cinco hospedarias portuguesas ficaram entre as dez melhores do mundo.

terça-feira, 30 de março de 2010

segunda-feira, 29 de março de 2010

Palácio da Pena


Vale a pena a visita.

Cubículos


Os bares dançantes aqui de Lisboa são ovos de codorna - cabem 70 pessoas empurradas. E há bares não dançantes onde não entram trinta.

Fazendo hora

É pouco mais de meio dia aqui em Lisboa. Fiz o check out no albergue e estou fazendo hora na sala de estar até bater as duas da tarde. O avião para o Recife sai às 16h30 (voo TP 0153) e chega às 20h20 (nos respectivos horários locais), mas devido à alfândega acho que só deixo o aeroporto depois das 21h.

Castelo dos Mouros


Se ontem consegui poupar meus pés de mais calos, pela primeira vez faltaram-me pulmões. Essa trilhazinha até o topo do Castelo dos Mouros, em Sintra, me fez parar umas tantas vezes para retomar fôlego.

Sintra dispõe de ônibus para levar até a entrada dos principais lugares da cidade, mas eles não obedecem à tabela de horários e chegam em grupos de dois ou três de uma vez. Nessa história perdemos (eu e meio mundo), mais de uma hora esperando o autocarro em somente duas paradas.

"Olha o oréganooooo!"

Questionei um dos atendentes brasileiros do albergue* sobre a razão de a polícia não pegar mais firme contra os vendedores de drogas que atuam livremente no meio da rua aqui em Lisboa (sou abordado o tempo todo). Ele me respondeu que na verdade poucos desses vendedores possuem drogas de verdade: eles enganam os trouxas com trouxas... de orégano. Como o material é falso, não há como caracterizar o flagrante.

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* Há dois brasileiros, um português, uma eslovaca e uma japonesa (ou coreana).

"Nunca funcionou bem"


Vi numa reportagem de TV ontem que o relógio do arco da rua Augusta, onde fica meu albergue, não funciona direito. Dizem que tem personalidade própria e é caprichoso.

domingo, 28 de março de 2010

Lisonjeado

Um camarada da Flórida com quem fiz amizade aqui no albergue disse que meu sotaque inglês é igual ao de um norueguês. Somando essa declaração aos três ou quatro pedidos de informação que recebi no meio da rua em Londres e às abordagens em inglês que têm ocorrido em Lisboa, estou começando a me persuadir de que sou um gringo.

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Tava com muita dificuldade de entender os britânicos, achando que eu tinha perdido o ouvido para compreender ingleses nativos (até então, nesta viagem à Europa, eu só havia conversado com não nativos), mas o papo agora de madrugada com três norte-americanos e um porto-riquenho (que não deixa de ser um estadunidense) serviu para eu saber que estou em ordem.

sábado, 27 de março de 2010

Noite lisboeta: "Cocaína?"

Impressionante como você é abordado por vendedores de droga pesada aqui em Lisboa. No Brasil ainda há alguma preocupação dos "comerciantes" com a polícia; aqui, "nem nem".

Por sinal, começou o horário de primavera em Portugal: relógios uma hora adiante.

Tomar ou Fátima

Só posso ir a uma das duas cidades porque a ligação entre ambas só dispõe de um único transporte diário, de tardezinha. Já de Lisboa para qualquer uma das duas, é condução o tempo todo.

Fica meu dilema: o santuário ou a cidade templária?

Repiáuar

São nove e quinze da noite aqui em Lisboa. Já já às dez vai haver uma happy hour na sala de estar do albergue e de lá o povo vai sair para uma boate na Cidade Alta. Vou nessa, pra não ficar enfurnado.

"Pas de chocolate"

A única lacuna na visita a Bruxelas - e missão principal de minha caminhada por lá - foi não ter trazido chocolates. Após comprar presentes, fui comer uma pizza e depois tirar uma foto do prédio da Ópera Real.

Como meus pés já estavam em estado periclitante* (motivo pelo qual também não quis aproveitar esta minha última manhã em Paris), peguei uma avenida que dava direto para a estação de trem e acabei não achando nenhuma loja de doces - por sinal, a avenida tinha uma concentração muito grande de muçulmanos e africanos.

Minha consolação é que não é tão difícil achar chocolates belgas em outras capitais da Europa. Vou tentar em Lisboa, para onde irei hoje de tardezinha.

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* Eu caminhava quase como um senhor de cem anos se recuperando de um fêmur quebrado.

Só de casaco e a esmo





Como fui só passear em Bruxelas - e não haveria de passar por algum posto de imigração - não levei nada mais que meu casaco.

E como não tinha mapas disponíveis na estação de trem, saí a esmo usando meu instinto Google Maps (que em 2008 me guiou bem por Belfast e me fez me perder em Florença).

Depois de uma hora e meia, quando achei sem querer a estátua do pirralho mijão (Manneken Pis*), vi que estava perto da praça principal e aí pedi para um policial me dizer onde ela ficava (pois sabia que lá tinha um posto de informações turísticas).

Então fui do posto ao Museu dos Instrumentos Musicais, última escala de minha viagem musical pela Europa**. Muito legal os audioguias (fones de ouvido) do museu: não lhe entopem de explicações, só de música, e sintonizam automaticamente à medida que você vai caminhando pelas vitrines.

Ainda aproveitei pra ver um concerto que teve no auditório do museu às 12h30, com estudantes do Conservatório Real de Bruxelas. Cinco concertos em cinco dias em três capitais... Formidável.

Depois fui às compras (mais CDs pra mim e presentes pro povo de casa - duas sacolas cheias) e parei numa pizzaria chama Cipriani, onde comi uma napolitana falsiê*** e tomei duas sprites. Saiu em conta, mesmo sendo no centro de Bruxelas.

À tardezinha, regresso a Paris e cama urgente.

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* O mascote do Botafogo do Rio, o Manequinho, não é nada mais do que o Manneken Pis abrasileirado. Vide aqui.

** Era para eu ter ido antes ao Musical Museum em Londres, mas era longe do centro da cidade e eu já começando a ter problemas nos pés (dores e calos), os quais se tornaram um grande empecilho ontem.

*** Falsiê porque desde dezembro existem normas aprovadas pela União Europeia para caracterizar a autêntica pizza napolitana, e a que eu comi não tava de acordo (mas tava boa).

A quinqulharia



Arretada a vitrine dessa loja de ferramentas.

Nem nem nem


Nem subi no London Eye, nem na Torre Eiffel, nem no Atomix de Bruxelas. Pensei duas vezes se valia a pena pagar só pra tirar fotos e preferi gastar com presentes pra família e pros amigos mais chegados.

Noite Romeu e Julieta





Cheguei em Paris anteontem, vindo de Londres, às 17h30. Uma série de inconvenientes na hora do rush (incluindo um engano na hora de mudar de estação de metrô) me fez chegar no hotel às 19h, mesmo pegando um táxi após o erro no metrô. Daí a correria pra estar às 20h no Teatro dos Campos Elísios.

Às 20h05 pisei no saguão do teatro junto com mais uns dez atrasados, no momento em que estava soando o sinal para o fechar das portas. Resultado: assisti à primeira peça via telão de LCD sentado numa cadeira colocada pelos funcionários. Pelo menos a regra vale para todos - umas duas dúzias de pessoas também ficaram de fora nos primeiros minutos, que foi o tempo de acabar a primeira peça.

Nada mau, porque era uma obra água com açúcar, a abertura fantasia Romeu e Julieta, de Tchaikovsky. Depois teve uma suíte de West Side Story de Bernstein e a do balé Romeu e Julieta de Prokofiev. Dá pra ver que foi uma noite dedicada ao casal queijo e goiabada de Shakespeare.

Achei melhor o repertório e o desempenho da Royal Philharmonic Orchestra no dia anterior em Londres, mas em Paris o teatro estava lotado - e Kurt Masur foi muito mais aplaudido do que Charles Dutoit (e mais generoso em reconhecer o trabalho dos músicos franceses do que Dutoit com os ingleses).

Pensei em ir para um concerto da Orquestra Nacional da Radio France na Cité de la Musique ontem (repertório só de obras arrojadas e pouco executadas do séc. XX - Ives, Barber...), mas não daria tempo porque meu trem chegaria de Bruxelas às 19h30.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Da terra de Asterix para a de Tintim

Agora de manhãzinha, estarei pegando o trem daqui de Paris até Bruxelas, pra comprar chocolates e conhecer o Museu dos Instrumentos Musicais.

Claro que terei de passar pelo Atomix, pela estátua do pirralho mijão, pela Grand Place e as catedrais principais. Volto esta noite mesmo pra França.

Tinha um concerto com obras de câmara de compositores tchecos ao qual iria assistir no almoço, no Museu d'Orsay, mas eu não iria perder a chance de ver a Bélgica.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Bon soir, Paris - 2

Vou-me embora pra estação de St. Pancras (Santo Pâncreas?) pegar o trem e passar de volta pelo Eurotúnel.

À noite tem concerto no Teatro dos Campos Elísios e amanhã tem Bruxelas bem cedinho - pra retornar de tardezinha.

Acho que só atualizarei este blog amanhã de noite ou sábado.

No Walkabout





Após o concerto no Royal Festival Hall, fui ao albergue deixar os souvernirs que havia comprado à tarde na Oxford Street (ô rua cheia de gente) e parti pro Walkabout, um pub que fica colado a uma estação de metrô (Temple) à beira do Tâmisa.

Fui pra marcar meu encontro com Bruno Gama, amigo de minhas irmãs que está passando um semestre em Londres, estudando inglês.

Depois de algumas falhas de comunicação por celular, em virtude das quais eu ia voltando para o albergue dormir, acabei recebendo um torpedo de Bruno com a localização dele. Daí deu tudo certo.

No grupo de brasileiros com o qual estávamos, havia três garotas recifenses, um carioca e um paulista, fora Stefano - coincidentemente um italiano natural de Pistoia, cidade perto de Florença que abriga um cemitério de militares brasileiros mortos na Segunda Guerra. Stefano não tinha se ligado nesse detalhe.

Depois de quatro copázios de Foster's, quando as coisas estavam começando a se animar, o pub expulsa todo mundo por força da lei - totalmente esquisito. Aí ficou o povo na calçada conversando potoca ou comendo cachorro quente de salsicha.

Por fim, fomos atrás das respectivas paradas de ônibus pra voltar pra casa (pegar um ônibus depois das duas da manhã no Brasil, só os dignos garçons e cozinheiros pós-expediente, a não ser que você goste de aventuras radicais).

Eu queria ir de táxi, mas o pessoal insistiu tanto pra eu ir de ônibus mesmo que acabei indo - e não teve o menor perigo de eu ter ficado sozinho na parada (que era diferente da deles): num instante chega mais gente.

Ainda teve uma andadinha de dez minutos do ponto em que desci até o albergue*. Desabei na cama às três da manhã e acordei às nove e meia, pra fazer o check out às dez. Comecei a blogar e a tomar nota dos gastos de ontem e agora vou-me embora tomar café por aí e partir pra estação de trem.

***

* Ainda teve o funcionário da recepção dizendo que da próxima vez eu devo entrar pela porta lateral, porque de madrugada a porta principal fica fechada. Eu concordei sorrindo e dizendo pra mim mesmo: "Tá, da próxima vez - que é não sei quando".

Valeu a pena a noite russa


Indescritível a performance de Yuja Wang no concerto n° 2 de Prokofiev. Se a obra é avassaladora, a interpretação dela no mínimo merece o mesmo adjetivo.

E a batuta de Charles Dutoit também foi irrepreensível na abertura A grande Páscoa russa, de Korsakov (antes de Prokofiev), e em O pássaro de fogo, de Stravinsky (na segunda parte do programa).

A foto acima foi tirada antes de a apresentação começar, em respeito às normas do Royal Festival Hall.

Freemasons Hall - Grande Loja Unida da Inglaterra


Foi o primeiro dos três importantes programas que cumpri ontem: depois teve o concerto da Royal Philharmonic Orchestra no Southbank Centre e uma baladinha (uma só, uma vez na vida) no Walkabout.

Há cinco visitas guiadas por dia no Fresmasons Hall - as quais começam na biblioteca (e que biblioteca) - e elas são abertas a não maçons. Só não é possível tirar fotos no interior do prédio.

Ainda tem uma lojinha de souvenirs para se ir ao final do passeio.

Sem mais greve

Fui ontem a um escritório da TAP aqui em Londres para tentar remanejar as passagens, mas soube que não haverá mais greve. Eu já estava pensando em ir de trem pra Barcelona, e de lá para Lisboa, mas não achei vagas para este sábado, data em que deixarei Paris (pensei também em ir pra Marselha, pra colocar o papo em dia com Cláudio).

***

Agora pela manhã acabei de checar um e-mail da Pontual Turismo em que eles dizem que consultaram o gerente da empresa aérea no Recife e também receberam a mesma informação atualizada: houve acordo entre a TAP e seus funcionários.

terça-feira, 23 de março de 2010

A bomba

Escrevi para a TAP para saber como proceder em caso de greve, mas não recebi retorno. Por precaução, entrei em contato com a Pontual Turismo, onde comprei as passagens aéreas.

Na primeira resposta, a Pontual havia dito que a TAP não apontou nenhuma previsão de greve, mas agora de noite veio a retificação conforme abaixo, que vai me obrigar a pensar numa solução assim que eu acordar nessa quarta.

***

Prezado Sr. Carlos Eduardo,

Contactamos com a TAP, e obtivemos a informação que existe um movimento para greve. Recebemos a orientação para antecipar as viagens para antes ou logo após a greve. Se for confirmada a greve, a TAP informa que não haverá cobrança de multa ou diferença de tarifa. Em função da demanda, existe o risco de não se confirmar a reserva.

Atenciosamente,

Pontual Viagens e Turismo Ltda

Victoria and Albert Museum


O valor das obras de arte dessa galeria dá o PIB de muito país por aí. Imperdível passeio para os amantes das artes plásticas.

El señor Chavez se encuentra?


Embaixada Venezuelana em Londres.

Vodafone

Tratei de comprar um celular Vodafone, pra eu não ficar incomunicável com minha família em caso de eventualidades.

Não tinha noção de como aparelho de celular aqui é boia - e tão barato.

The armed man - A mass for peace

O concerto que vi no Royal Festival Hall teve somente duas obras, mas que juntas duravam uma hora e meia: Dona nobis pacem, de Vaughan Williams, e a Missa para a paz, do galês Karl Jenkins. Se a peça de VW não empolgava muito, a de Jenkins (que eu não conhecia) provou porque tem sido tão executada, pelo que li na Internet.

Tratei logo de comprar o CD com ela, na saída da apresentação, e levei outro, com o Requiem do mesmo compositor. Aí vai o movimento inicial da Missa, a título de palhinha.

Exposição fotográfica


Aproveito para deixar o convite da exposição fotográfica de Amélia Córdula (a quem chamo de Tia Maria Amélia), mãe de Cláudio.

Estimado Cláudio

Meu grande Irmão Cláudio Córdula tem sido quem mais comenta por aqui. Ele falou isso, mas nem precisava pois já iria tocar no assunto.

Minha intenção era dar-lhe um abraço e tomar uma cerveja colocando o papo em dia pessoalmente, mas Marselha não estava no meu roteiro.

Não há de ser nada, pois nosso contato via Internet continua tão constante como se fosse no Brasil.

Clara Rodriguez na Purcell Room

Ontem fui conhecer um pouco do repertório pianístico venezuelano em um concerto dessa conceituada pianista residente em Londres, mas não fiquei muito empolgado. Ela é competente mas as peças não chegaram a me arrebatar.

Hoje tem um concerto no Royal Festival Hall com o Barts Choir. E vou ver se depois marco presença em algum pub.

Londres iluminada






Deixo pra vocês as melhores das primeiras fotos que tirei aqui em Londres. A iluminação que escolheram para os momunentos favorece cada tomada sensacional - as gotas de garoa também. E câmera é amadora...

(A sequência em que as fotos foram tiradas é de baixo para cima).

Botando moral


Quero ver se a polícia de qualquer estado brasileiro manda os ladrões tomarem cuidado e ficarem na deles.

"Sorry, but you've missed your train"

Depois de descobrir que a plataforma de embarque para chegar até meu trem com destino a Londres, ainda tive de passar pela imigração, preencher formulários e explicar o que eu iria fazer na Inglaterra e pra onde iria depois de lá, mostrando os respectivos comprovantes.

Quando chego afobado pra embarcar, ouço a frase acima da funcionária da Eurostar. Por sorte, isso é fato corriqueiro e eles já me deram o número da poltrona para o trem seguinte, que partiu 50 minutos depois. Fui fazendo palavras cruzadas pra me acalmar, já que fico muito contrariado com atrasos, sejam de minha culpa ou não.

Em tempo, contei no relógio quanto dura a travessia do canal da Mancha: 19 minutos.

Só dá Brasil no Benfica

Ontem, ao pegar um táxi do hotel para a estação de trem, pois iria viajar de Paris a Londres, calhou de o taxista ser português. Quando um descobriu que o outro gosta de futebol, aí foi aquela camaradagem.

Ele torce pelo Benfica e ressaltou muito um cara chamado David Luiz, zagueiro central que pertenceu ao Vitória da Bahia, dizendo que não entende por que Dunga não o convocou nenhuma vez. Segundo o patrício, toda vez que David Luiz pega na bola é pra levar a equipe pra frente.

O taxista, vibrando pela vitória contra o Porto por 3x0 no dia anterior, também falou que Airton é outro que está mandando ver no Benfica.

domingo, 21 de março de 2010

Dessa vez, o fotógrafo entendeu o que eu queria

Debate ecumênico no meio da Catedral de Notre Dame


Nesse caso, gostaria muito de saber francês.

Como chegar no lugar onde Jacques de Molay foi queimado, em 1314

Passo 1: vá para a Île de la Cité (a principal do rio Sena no Centro de Paris); tem uma estação do metrô nessa ilha (Cité - Linha 4).

Passo 2: Tome como ponto de partida a Catedral de Notre Dame, que é impossível de não ser encontrada, graças à quantidade de gente que se dirige a ela.


Passo 3: Dê meia volta (depois de visitar a igreja, claro, evitando perder tempo voltando pra ela) e vá para o lado oposto da ilha pela rua que beira o rio a partir do pátio da catedral (à direita, nesta foto abaixo). Pra quem quiser ir pelo cais, basta descer esta ladeira.


Passo 4: Indo sem ser pelo cais, isto é, pela rua da direita, você encontrará esta estátua abaixo. Vá para a escada que fica atrás dela, onde você pode descer por ambos os lados.


Passo 5: Ao chegar à pracinha um nível abaixo (jardim de Vert Galant), vire-se e olhe para a coluna que fica entre as duas saídas da escada. Lá está a placa.



Passo 6: Tire uma foto. ¬¬

PS.: Um segunda opção é descer pela ladeira da foto do passo 3 e ir por debaixo das pontes. Dá no jardim do mesmo jeito.

Missão número um cumprida



Minha principal obrigação em Paris era passar em frente da casa onde morou Villa-Lobos e tirar uma foto. Assim o fiz.

É só ir para o lado direito (de quem olha) desse prédio na Praça Saint Michel, que está voltado para o Rio Sena, e ir ao número treze - logo após toldos dos cafés.

Peguei o endereço no livro Viver sua música, de Gilberto Mendes, e ainda no Brasil saí procurando o lugar pelo Google Street View.

Ao chegar na casa, tirei as fotos das placas que tinha lá, a que fala de Villa-Lobos e outras duas. Então fiquei esperando alguém passar para pedir que tirasse uma foto minha (o lugar é muito movimentado), mas aí dei azar e não passava ninguém.

Veio uma garota e teve a boa vontade de me prestar o favor, mas sabemos que a possibilidade de as pessoas nessa ocasião não terem noção fotográfica é grande. Dito e feito, por duas vezes ela cortou a placa, como vocês podem ver (numa terceira, deu certo, mas eu estava gesticulando pra ela pedindo que tomasse cuidando com o dedo na frente da lente).


Agradeci a boa vontade, mas daí me virei sozinho mesmo.


Espero que agora esse marco vire ponto de peregrinação dos músicos brasileiros.

Como bem disse Gilberto Mendes, na placa não há menção do país de origem de Villa-Lobos, reconhecimento espontâneo que os franceses não tem por qualquer um.

Mais CDs e DVDs

Esbaldei-me mais duas vezes hoje. Primeiro tinha sido numa Fnac de Lisboa, hoje foi na loja da Harmonia Mundi dentro da Cité de la Musique e em seguida na Virgin do Museu do Louvre.

Meu acervo agradece; meu bolso reclama.

Cité de la Musique


Passeio musical nota dez. Ganhou da Musikhaus de Viena.

- Cinco pavimentos com exposição de instrumentos musicais e exibição de vídeos - fora a exposição sobre Chopin, numa sala no térreo.
- Guia em áudio com fone de ouvido, para adultos e crianças.
- Recitais casuais durante as visitas.
- Uma loja da Harmonia Mundi.
- E sem falar que é a casa do Ensemble Intercontemporain, pois o complexo tem o museu, uma sala de concertos e um lounge para crianças.

***

Detalhe: entrei de graça, com minha carteira de jornalista, assim como aconteceu na Áustria.

Putz

As duas frases que mais falei hoje: "S'il vous plaît, parlez-vous anglais?" e "Excuse moi. Je ne parle pas français".

Passei menos dificuldades para encontrar um falante de inglês (entre os nativos) na Polônia, em 2008.

O rei das moedinhas


Me senti o próprio Tio Patinhas hoje, quando pedi ajuda* para comprar um bilhete de metrô. Botei uma nota de 20 euros para quitar 5,60 e aí a máquina despejou tanta moeda de troco que tive de usar as duas mãos para pegá-las. Foram umas trinta.

***

* Tive de pedir ajuda porque não adianta de nada escolher outro idioma no visor da máquina: você tem de saber o nome em francês dos bilhetes e os procedimentos tela a tela não são intuitivos.

Todo cuidado é pouco

Às quatro e meia da manhã, do nada, um homem abre a porta do meu quarto. Como não tenho sono pesado e a trinca não é silenciosa, saltei de imediato e ele saiu desculpando-se, tal qual se fosse um engano.

O detalhe é que cada trinca só pode ser aberta por um cartão habilitado na recepção. Perguntei agora à noite ao recepcionista filho de portugueses se era possível que algum outro hóspede abrisse meu quarto por engano e ele ficou surpreso, mas confirmando que era possível.

O camarada não me parecia estar bem intencionado (ou talvez estivesse bêbado, supondo que fosse um hóspede errante), pois voltou a ficar circulando pelo andar minutos depois. Pelo benefício da dúvida, não acredito de maneira alguma que houve engano.

Se eu tivesse sono pesado, poderia ter (perdão) me ferrado, pois minha pochete, minha carteira e meu passaporte estavam na mesa de escrever, junto à porta. Agora ficam trancadas na mala quando eu estiver dormindo.

"Que burro, dá zero pra ele" (Chaves)

No mapinha do Père Lachaise, havia a indicação para o túmulo de Antoine de Saint-Exupéry. Caminhei por meia hora para achar o bendito (foi mais trabalho do que para encontrar Edouard Lalo) e só havia encontrado uma Consuelo de Saint-Exupéry (a qual vejo agora na net que foi a viúva do autor de O pequeno príncipe, nascida em El Salvador) que estava enterrada com o segundo marido, um guatemalteco.

Depois de tanto tempo, ocorreu-me de procurar o prenome do finado no mapa e vi que a referência era realmente a senhora Consuelo. Foi aí que atinei à meu lapso, pra não dizer burrice: se o cara desapareceu e nunca foi encontrado, tumba no cemitério ele não iria ter...

Me consola que duas famílias também estavam pra lá e pra cá atrás do escritor-aviador.

Por que me despertas, brisa da primavera?

Aproveitando que é início da primavera parisiense, nenhuma ária é mais apropriada do que essa pra se ouvir.

Repórter-tapuru

Estou pesquisando aqui os cemitérios de Montparnasse e Montmartre* pra ver se há mais músicos para se render memória.

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* Montmartre é uma região de Paris que dá nome a uma excelente creperia em Casa Forte (bairro norte da Zona Norte do Recife). Acho a melhor da cidade embora eu ainda tenha de ir à Anjo Solto e à La Plage de Boa Viagem.

Finalmente

Até que enfim senti frio, de modo que podia caminhar de jaqueta fechada (e olhe que eu a abria às vezes) e não suar, mas nem também ficar batendo os dentes.

Agora à noite vi no hotel que deu nove graus, mas eu duvido - acho que deu entre doze e catorze. Se deu nove mesmo, então estou mais resistente do que esperava ao frio.

***

Eu tava tão contrariado com a falta de frio ontem em Paris, que dispensei as colchas, deixei a janela entreaberta (com quinze graus talvez) e fiquei muito bem de lençol (contando que não ventasse forte).

De primeira classe

Uma coisa interessante: por não sei que motivo, na hora do embarque a TAP me botou na primeira classe, quando minha tarifa era econômica. Assim soube como são tratados os mortais desse setor: com vinho, jornal e revista, duas opções de pratos e armário para casacos.

Mais do que isso, fiquei contente pela consideração - por mais ordinário ou casual que tenha sido o motivo. Nunca viajei de TAP pra ter o que reclamar até aqui.

Alguém me traduz, por gentileza?


Estava no túmulo de Apollinaire.

Requiem aeternam


Hoje passei as primeiras três de meu tour por Paris caminhando pelo cemitério Père-Lachaise. Um absurdo a quantidade de vultos relevantes que encontra-se enterrada lá.

Pelo menos cumpri a visita a todos os túmulos de músicos proeminentes: Chausson, Lalo (esse me deu um trabalho terrível pra achar, mesmo com um mapinha na mão, pois a tumba não é tão vistosa), Enesco, Bizet, Maria Callas*, Paul Dukas (esses dois no crematório), Henri Salvador e Edith Piaf** (que são vizinhos), Bellini (cujos restos mortais voltaram pra Itália), Cherubini, Habeneck (violinista e maestro), Chopin, Milosz Magin (pianista polonês que não tá no mapa, nem o conhecia - achei-o por acaso), Poulenc, Rossini (idem a Bellini) e Daniel Auber.

Por fora, fiz escalas nos mausoléus de: Delacroix, Balzac, Apollinaire, Proust, Max Ernst (pintor alemão), Oscar Wilde (por favor, não riam se eu disser que tinha um "casal" fã dele por lá***), Modigliani, La Fontaine e Molière (que estão lado a lado), Pierre Bourdieu (lembrei-me do povo todo do PPGCOM-UFPE, onde faço mestrado), Sully Proudhomme (vencedor do Nobel de Literatura de 1902), Allan Kardec (não o jogador brasileiro do Benfica, que tá na flor da idade), Denis Slakta (linguista), Heloísa e Abelardo**** e Gay-Lussac (esse fiz questão só pra mandar um foto para algum eventual amigo cachaceiro saber quem inventou a medição do teor de pureza do álcool).

***

*As cinzas de Callas foram jogadas posteriormente no Mar Egeu.

** Não iria ficar preso só aos expoentes da música clássica.

*** Também nunca vi um túmulo tão beijado. Deem uma olhada.


**** Um par tão conectado assim, só conhecia Bernardo e Bianca, dois ratinhos da Disney. Como esse túmulo estava em destaque no mapa, fui tirar a foto. Agora pesquisei na net a história do casal, que lembra em certa medida a de Tristão e Isolda.

Bon soir, Paris


Isso já foi agora de tardezinha, antes de eu voltar ao hotel - na Place de la Concorde, acho.

Lembrou-me de uma cena da ópera/musical Magdalena - Bon soir, Paris - em que Villa-Lobos aproveitou o tema da Valsa da dor e confiou que os dois libretistas norte-americanos (Robert Wright & George Forrest) criassem uma letra em cima dela.

Aliás, toda a ópera é um pout-pourri do próprio Villa-Lobos, que teve de atender esse encomenda para a Broadway em 1948 quando estava bastante doente e iria se submeter à primeira intervenção cirúrgica para cuidar do câncer de bexiga que voltou com mais gravidade em 1959.

Handebol na TV


Liguei a TV ontem, assim que cheguei em Paris e vi uma partida de handebol pela TV, algo impensável no Brasil. Curioso é que todo mundo no ensino médio ou fundamental joga handebol ou futsal, mas somente este conseguiu se profissionalizar e adquirir competitividade internacional.

***

Se passasse handebol na TV brasileira, gostaria que botassem Galvão Bueno para narrar. Ele iria pegar leve com aquela vibração toda ("RRRRRRRRonaldiiiiiiiiinhoooo").

Pomba enrugada


A tadinha tava com tanto frio que nem tinha como voar de imediato e foi me deixando ficar cada vez mais perto.