sábado, 9 de março de 2019

Cabo Verde

Nove anos depois, voltei a pisar em solo europeu, desta vez acompanhado: por minha mãe e por um amigo de longa data, Alison - o único que estava com agenda livre e topou a aventura de sete dias por três países. Começo, pelo terceiro - um país africano, na verdade.

Em 2007, quando fiz minha primeira viagem de avião, do Recife até Fortaleza, para cobrir o Festival de Jazz e Blues de Guaramiranga para a revista Continente, a convite do festival, vi o guichê da TACV (Transportes Aéreos de Cabo Verde) no aeroporto Pinto Martins e fiquei muito feliz de ver que havia uma ligação direta do Nordeste com a África.

Até escrevi pra companhia aérea pedindo informações sobre preço de passagem e visto, mas não me estava acessível.

Em 2015, quando eu estava trabalhando como atendente turístico pela Prefeitura do Recife, a TACV finalmente inaugurou um voo para cá e voltou a alimentar meu desejo de colocar mais um país no currículo (o vigésimo segundo, Cabo Verde tornou-se). Ela veio no embalo de outras companhias aéreas que inauguraram, nesta década, ligações diretas entre o Recife e cidades como: Panamá (Copa), Bogotá (Avianca, infelizmente já extinta), Condor (Frankfurt e Munique), Buenos Aires (Gol e Latam), Montevidéu (Gol), Orlando, Fort Lauderdale, Rosário e Córdoba (as quatro, pela Azul).

Quando achei uma passagem para Portugal pela TACV, numa noite de domingo de outubro de 2018, mil e quinhentos reais mais barata do que pela TAP, fui na tarde seguinte ao aeroporto. O período em que mirei foi o Carnaval, já que em janeiro as tarifas (naturalmente) estavam caras.

Já no balcão da TACV perguntei se havia algum stopover grátis na volta. Tinha: de até sete dias! Pedi apenas 24h, na Quarta de Cinzas, já que eu partiria na quinta pré-abertura e queria voltar ao trabalho na quinta pós-encerramento. Valeu muito a pena (exceto pela inesperada volta via Salvador - pensei que seria direto pra Pernambuco, pois o bilhete não mencionava a Bahia, mas não foi tão traumático: poderia ter sido uma triangulação por Porto Alegre...).

Fiquei hospedado no Hotel Pontão, em Santa Maria (fiz uma avaliação no Booking), onde cheguei depois das nove da noite, devido a uma espera de mais de uma hora na fila de imigração, com apenas um oficial atendendo. Em tempo, além do visto, no valor de 25 euros, os brasileiros (desde o último dia 1° de janeiro) devem pagar também a taxa de segurança aeroportuária (mais 31 euros). Isso foi motivo de mais morosidade por conta de uma confusão com alguns brasileiros que tinham pago apenas a primeira taxa, via agência de turismo, por morarem em Portugal. Resultou que a agência procedeu errado, mas a autoridade imigratória, depois de algum bate-boca, ficou de se resolver direto com ela e liberou os brasileiros.

Antes de dormir, deu apenas para tomar uma coca num restaurante à beira-mar preste a fechar (acho que era o Barracuda). Na manhã seguinte, seguimos no tour que pedi para o hotel reservar (da mesma empresa que fez os transfers de ida e volta ao aeroporto, situado em Espargos, capital da ilha, a 20 km de Santa Maria).

O mapa do tour segue em uma das fotos abaixo. Tais fotos não estão na sequência do trajeto; são apenas uma amostragem dos lugares que visitamos.

No mirante da Buracona. Paga-se três euros pela entrada.

Nas salinas próximas à Ponta Preta.

No restaurante onde almocei, o 10 Pedrinhas (alusão às ilhas do país e cujo endereço não encontrei via Google), encontrei essa espanhola de Valência, falei que ela era parecida com Amy Winehouse e pedi para tirar uma foto com ela.

Com Steven Casali, italiano que fez o tour conosco, e Alessandro, nosso motorista nesse tour e no transfer do aeroporto para o hotel (o outro transfer foi com Pedro, da mesma empresa)

Praia é a de Serra Negra, o point do kite surf.

Os aviões da TACV não carregam mais a pintura da companhia: hoje são todos da Icelandair, que controla a empresa.

No ponto mais alto de Espargos, capital da ilha.

Empresa indicada pelo hotel. O passeio se dá em picapes, com lugar para quatro pessoas na cabine e outras quatro na carroceria. Ao fundo, o solo semidesértico do Sal.

Vista de algumas casas de Espargos.

As mesmas salinas de uma foto anterior.

A famosa Buracona, com seu cintilar único.

Nem me lembro se este cenário é na citada Ponta Negra.

No mirante da Buracona. Nessa piscina natural, em segundo plano, pode-se nadar tranquilamente. Já na Buracona, existe uma pessoa à beira dela para alertar do perigo.

Mais uma, na Buracona.

Essas são as salinas da Pedra de Lume. Pagam-se cinco euros pela entrada. Boia-se como no Mar Morto.

O arquipélago inteiro.

Quadro no corredor de entrada do 10 Pedrinhas. Tinta a óleo sobre tecido estampado.

A bandeira nacional cabo-verdiana.

A cerveja nacional.

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